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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Quantos e quantas?

Quantos dias já passei sem te ver?
Quantas noites te procurei em meus melhores sonhos?
Quantas promessas foram feitas ao céu?
Quantos domingos de grande tédio agüentei até te encontrar?
Quantas primaveras foram necessárias até eu ter o teu abraço?
Quantos moinhos de vento giraram até transportarem você a meu passado?
Quantas vezes já me perdi e me encontrei dentro da tua ausência?
Quantos dias pude sorrir a teu lado?
Quantos litros já esvaziei lembrando e esquecendo do seu rosto em festa?
Quantas horas passo eu isento de mim mesmo?
Quantos são aqueles que estão a teu lado agora?
Quantas vidas hão de passar até o reencontro?
Quantas esperanças dentro da noite escura?
Quantos são os caminhos que levam até você?
Quantos versos embalaram uma alma?
Quanta poesia para a outra que esperava em oração?
Quantos segredos ainda por revelarem teu nome?
Quantas luas até o dia perfeito?
Quantas procissões a teu favor?
Quantos discos já decorados durante a madrugada?
Quanta dor e mórbido contentamento no instante?
Quantas vezes já habitastes minha casa?
Quantos destinos em seu coração?
Quanta condenação em suas costas?
Quanta sublimação em sua rica natureza?
Quantas verdades no olhar iluminado?
Quanta dor e distância dentro do mesmo tempo?
Quantos mares até encontrar uma ilha em seus braços?
Quantos pedaços do amor inteiro?
Quantos teus caminhos de superação e aflição?
Quantas tuas lágrimas diante do que é único e verdadeiro?
Quanto engano em suas escolhas?
Quanta cegueira em plena luz do dia?
Quanta espera em seu exílio?
Quanto luto em sua fuga?
Quanto de você em meu sangue?
Quanto de sua alma em meu corpo?
Quanta alegria para uma criança?
Quantas perguntas em vão, se tudo se resume em uma única:
Quem é você se não te vejo?

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