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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Orgulho de ser POLACO!

A melhor do mundo, produzida unicamente na Polônia
Nós poloneses aqui no sul do Paraná ainda mantemos o ritual da "Quebra-da-Vodka-Gelada". Em comemorações e confraternizações a polacada "desce" a marreta num bloco de gelo, cujo qual tem uma garrafa ve vodka "trincando"de gelada.
E se for com uma Sobieski, fica melhor ainda.
Ai é só alegria!
Poslki muzyczny!!!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Príncipe

Eu, em compensação, estou morto, despedaçado. Vi muitas cabeças abertas como romãs, e cérebros murchos como flores sob um sol de ouro. A imensa teia de aranha do sonho foi estraçalhada pra sempre. Hoje à noite não nos viram nem nos levaram a sério. Chegamos com muita boa-fé. Todos batem a porta na nossa cara. Deus deve estar muito triste.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tarde demais não seria...

Tarde de mais não seria,
Se tua mão me conduzisse pela estrada que se perdeu.
Tarde demais não seria,
Se meu sono fosse no berço de seu cálido ventre.
Tarde demais não seria,
Se seus lábios ungissem minha face desfigurada
Trazendo alegria a meu semblante.
Tarde demais não seria,
Se acordasse pela manhã a meu lado.
Tarde demais não seria,
Se me aquecesse no mais gélido dos invernos.
Tarde demais não seria,
Se me protegesse com todo o seu amor.
Tarde demais não seria,
Para concebermos a mais linda criança.
Tarde demais não seria,
O seu abraço minha paz.
Tarde demais não seria,
Bicicletas, flores, praças e encanto.
Tarde demais não seria,
Teu coração na quentura do meu.
Tarde demais não seria,
Eu ver sua alma entrar.
Tarde demais não seria,
Roubar chocolates pra você.
Tarde demais não seria,
Seus planos, meu oficio.
Tarde demais não seria,
Caminharmos por trigais depois da chuva.
Tarde demais não seria,
Nós dois descalços e sem dinheiro.
Tarde demais não seria,
Romper com o mundo e ficar com você.
Tarde demais não seria,
Teu retorno.
Tarde demais não seria,
Uma vida para dois.

Quantos e quantas?

Quantos dias já passei sem te ver?
Quantas noites te procurei em meus melhores sonhos?
Quantas promessas foram feitas ao céu?
Quantos domingos de grande tédio agüentei até te encontrar?
Quantas primaveras foram necessárias até eu ter o teu abraço?
Quantos moinhos de vento giraram até transportarem você a meu passado?
Quantas vezes já me perdi e me encontrei dentro da tua ausência?
Quantos dias pude sorrir a teu lado?
Quantos litros já esvaziei lembrando e esquecendo do seu rosto em festa?
Quantas horas passo eu isento de mim mesmo?
Quantos são aqueles que estão a teu lado agora?
Quantas vidas hão de passar até o reencontro?
Quantas esperanças dentro da noite escura?
Quantos são os caminhos que levam até você?
Quantos versos embalaram uma alma?
Quanta poesia para a outra que esperava em oração?
Quantos segredos ainda por revelarem teu nome?
Quantas luas até o dia perfeito?
Quantas procissões a teu favor?
Quantos discos já decorados durante a madrugada?
Quanta dor e mórbido contentamento no instante?
Quantas vezes já habitastes minha casa?
Quantos destinos em seu coração?
Quanta condenação em suas costas?
Quanta sublimação em sua rica natureza?
Quantas verdades no olhar iluminado?
Quanta dor e distância dentro do mesmo tempo?
Quantos mares até encontrar uma ilha em seus braços?
Quantos pedaços do amor inteiro?
Quantos teus caminhos de superação e aflição?
Quantas tuas lágrimas diante do que é único e verdadeiro?
Quanto engano em suas escolhas?
Quanta cegueira em plena luz do dia?
Quanta espera em seu exílio?
Quanto luto em sua fuga?
Quanto de você em meu sangue?
Quanto de sua alma em meu corpo?
Quanta alegria para uma criança?
Quantas perguntas em vão, se tudo se resume em uma única:
Quem é você se não te vejo?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Acrobatas de Bosch


Impérios burlescos
Noturnas dinastias
Sustentadas por bêbados saltimbancos.
A decadência dos melindrados
Em tons cinzas cambaleantes
Deixa marcas nas sombras.
Marcas de dedos nos travesseiros
Em noites não dormidas
Em vidas não vividas.
Pensamentos fluem e refluem
E fazem cansar o corpo
Que acordado em sentinela
Contempla nações inteiras
Dormindo um sono mecânico.

EU QUERO SER A ANARQUIA DA CIDADE!

EU QUERO SER A ANARQUIA DA CIDADE!

Agora é a minha vontade. Não a vontade de outrem, da família, da sociedade, da Igreja, da comunidade. Agora é minha vontade e a de ninguém mais, e custe o que custar eu vou executá-la, porque agora chegou a vez de minha vontade estar acima dos céus e dos infernos. É só a minha vontade é que faz a minha vida ter um sentido, e se eu não realizá-la eu devo morrer, pois assim não sou digno da vida!
Seguindo a minha vontade, porque ela é minha lei, a única lei que prevalece, vou fazer o que der na telha! Talvez no domingo enquanto todos estiverem na santa missa ouvindo atenciosamente as mentiras que o padre conta, eu roube o combustível de seus veículos, e na hora em que todos disserem Amém para o sacerdote eu já tenha o espalhado e taque fogo em todos os hipócritas. Por fogo no circo com o palhaço dentro, essa é minha vontade.
Seguindo a minha vontade, talvez eu quebre todos os relógios e sinetas da empresa onde trabalho, pois assim posso entrar e sair a hora que eu quiser e se alguém achar ruim eu pergunto o “por quê”e assim nem por isso deixo de fazer, aquilo que o diabo gosta!
Seguindo a minha vontade talvez eu piche a palavra “Anarquia” ( do grego “A”= não e “narchos”= governo) nos muros imaculados do meu querido vizinho e se ele não gostar eu derrubo seu muro, a marretadas, pois a propriedade é um roubo, já dizia Proudhon.
Seguindo minha vontade quero escarrar nos olhos de todos aqueles que me olham com deboche ou reprovação!
Seguindo a minha vontade eu posso fazer o que quiser, quando, como e com quem quiser. Posso plantar o que quiser e colher o que outros já plantaram. Posso não respeitar todas as leis escritas nas constituições e códigos, já que elas vão contra a minha vontade, já que elas violentam a minha sacrossanta vontade!
Seguindo a minha vontade, reivindico o dinheiro que os governantes e comerciantes desta cidade roubaram de meus antepassados que com o suor e o sangue alimentaram a todos na milenar arte de lavrar a terra! Quero em dobro, quero em dólar, quero agora!
Seguindo minha vontade, vou destruir todas as estatuetas, monumentos e imagens que existem nesta cidade, pois elas são ofensivas e pedantes, e eu sou um iconoclasta!
Seguindo a minha vontade vou incendiar deliberadamente todos os departamentos públicos deste município, pois eles nada mais são do que um covil onde há uma corja de vadios, desocupados e sanguessugas, pois eu sou um mentalista!
Seguindo minha vontade, quero que a palavra liberdade não seja mais um vocábulo perdido e esquecido nos empoeirados tratados filosóficos, que muitos de nossos mestres acadêmicos perdem suas vidas inutilmente estudando ou apenas usando o título que ostentam como “posers”.
Seguindo minha vontade, quero ser o grito do oprimido, o grito daqueles que já estão fracos e não podem gritar! Quero ser o grito dos condenados, humilhados, desprezados e marginalizados pela sociedade opulenta! Quero assim gritar a noite inteira!
Seguindo a minha vontade, quero uivar como uma cadela as injustiças deste mundo em frente aos jardins iluminados e impecáveis dos cidadãos influentes e bem instruídos de Irati! Seguindo a minha vontade, quero mostrar a todos que o nosso sistema é falho! Que todo o sistema é falho e que sempre ele foi falho, um só palito pára todo o motor!
Seguindo a minha vontade, quero destruir para construir novamente, um mundo mais digno e uma existência digna de ser chamada de vida!
Seguindo a minha vontade EU QUERO SER A ANARQUIA DA CIDADE!