Escravo do diabo
do ouro maduro
que guarda debaixo dos seus pés.
Agora sorri satisfeito
quando o fumo se levanta da terra
e a cobra de sete cabeças e sete corpos
se aninha na sua cama.
quanta encrenca se dilui e começa
em cada copo de sonho e perversão.
E não tem fim.
A estrada que nunca acaba
Rodeada por todos os santos
Predileções, sacrifícios e autarquias.
É mais um na ordem
dos milhares, exército de consumação
a herdar a terra e a consumi-la
de trás pra frente
e debaixo pra cima.
Eu sou as quatro estações, a mágica do Infinito, sou o teu Anjo da Guarda, sou o Visto e o Não Visto Cobaia da bruxaria, teu vício, tua Energia, tua história preferida.
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sexta-feira, 18 de outubro de 2019
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Vida de cão
Que
vida boa tem seu cachorro
lambe
suas pernas, toma banho e pra você vale ouro.
Você
gasta todo seu salário neste bicho
compra
do bom e do melhor, quanto capricho
ele
tem pedigree e eu aqui, chupando osso
você
trata mau que não é seu animal
quanta
disposição e alegria tem seu cão
recebe
todo carinho e mora no seu coração
vive
entre seus peitos não tem jeito ele é o cão!
Queria
ao menos um dia que você me notasse
responderia
de língua de fora se você me chamasse
deixaria
de virar latas atras de um grande amor
Então você ainda quer ser ( uma estrela do rock'n'roll)
fodido e mal pago, vive
agora de objetos doados
era o tal cheio de
moral nos palcos coroados
rei do rock as meninas
deliravam com seu rebolado
mil toalhas no camarim,
sapatos mocassins
frutas vermelhas e a
melhor marca de gim...
agora meu filho as
coisas não são mais assim
tenha paciencia com
esta decadência
mas você ainda quer
fazer seu show
ainda quer ser uma
estrela de rock'n'roll
de guitarras e turnes,
sobraram aspenas os carnes
do cadillac que você
comprou financiado
de tão usado estourou
o motor, que pavor, que desgraça
você sujo de graxa,
perdeu toda a graça
seu disco não mais
vendeu
seu cabelo não mais
cresceu
a tatuagem desbotou,
seu sorisso amarelou
o funk e o sertanejo
decolou
e você na velhacaria
socorro pedia
pra últimos cabeludos e
jaquetudos
que fumavam, bebiam e
escarravam
e o dedo do meio lhe
mostravam
mas você ainda quer
fazer seu show
ainda quer ser uma
estrela de rock'n'roll
Crápula Blasfêmo
Crápula
Blasfêmo
É
mais um condenado da terra
Se
escondendo como um rato embaixo da vassoura
Depois
de chutar uma garrafa pet
Na
cabeça do Deus da vida.
Como
pode uma vida tão desregrada e desgovernada
Para
um único homem viver.
Cospe
e blastema e cada manhã
E
depois rói as unhas implorando pra esquecer.
E
não quer olhar pra trás
Ele
não quer ser a mulher de Lot.
Ogivas
e revoluções
Todos
os malditos dentro de sua cabeça.
A
mesma guerra surda
Fazendo
ruínas de seus miseráveis dias
O
mesmo frontmam,
Fazendo
misérias de seu corpo,
O
mesmo andejo,
Usurpando
sua alma e varrendo seu espírito
Ele
busca uma retaliação.
Espera
que os pecados
Sejam
perdoados
Espera
que os que sofrem
Sejam
coroados
Espera
que exista o Deus da vida
Espera
no fim descansar em paz.
Cabeça de cavalo
Cabeça
de cavalo
Cabeça
de cavalo em corpo de homem.
Anomalia
urbana, aberração rural
Procura
chifres em sua própria cabeça
Mas
encontra apenas duas orelhas de burro.
Com
algumas moedas no bolso
Almeja
comprar tesouros no céu
E
como um ágil macaco
Dependura-se
onde pode
Com
aspectos de um persuasivo papagaio,
Possui
a arte da imitação.
Vive
de sobras e restos
Migalhas,
retalhos do que sobrou
E
já ninguém quer mais.
Tem
fome de terra
E
de lixo molhado.
Vive
na urina, na podridão
Na
podridão do osso podre.
Os
pássaros lhe zombam
Os
pombos são os mais atrozes
Jogam
a chacota em cima de sua cabeça.
Os
vermes o ironizam
E
cobram-lhe impostos.
Os
macacos lhe jogam suas fezes
E
riem-se fartos de sarcasmo e bazófia
Cães
desdentados e derformados
Lhe
mordem com meias dentadas
De
fiapos de dentes precários
E
lhe urinam um mijo emfebrado e amarelo.
A
noite quando dorme
Baratas
entram em suas largas narinas
E
levam o alimento para sua prole.
Os
ratos contentam-se
Em
roer-lhe as unhas encavaladas.
Pela
manhã calorosa
Moscas
varejeiras, pulgas gordas de sangue alheio
E
insetos pestilentos lhe humilham
Um
banquete de misérias no café da manhã.
Cabeça
de cavalo acorda com frio
Em
suas orelhas de burro.
Não
adiante tentar espantar
A
malevolência dos bichos está nele mesmo.
Ao
pensar a animalia
Come
a ração diária do erro e renega o basto.
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