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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Crápula Blasfêmo

É mais um condenado da terra
Se escondendo como um rato embaixo da vassoura
Depois de chutar uma garrafa pet
Na cabeça do Deus da vida.
Como pode uma vida tão desregrada e desgovernada
Para um único homem viver.
Cospe e blastema e cada manhã
E depois rói as unhas implorando pra esquecer.
E não quer olhar pra trás
Ele não quer ser a mulher de Lot.
Ogivas e revoluções
Todos os malditos dentro de sua cabeça.
A mesma guerra surda
Fazendo ruínas de seus miseráveis dias
O mesmo frontmam,
Fazendo misérias de seu corpo,
O mesmo andejo,
Usurpando sua alma e varrendo seu espírito
Ele busca uma retaliação.
Espera que os pecados
Sejam perdoados
Espera que os que sofrem
Sejam coroados
Espera que exista o Deus da vida
Espera no fim descansar em paz.

2 comentários:

kelly Stelmarsczuk disse...

"Parece que mais nada nessa vida faz sentido..."
Promessas já não são mais cumpridas...
Sonhos já não são realizados...
Pobre de quem ainda acredita em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa...
A vida já consegue ser ainda mais cruel quando estamos no fundo de um poço.
Resta apenas esperar o fim dos tempos....

Antena disse...

Ele bebe...
Bebe o veneno
em um frasco pequeno
Que ele mesmo manipulou
Abençoou e depois amaldiçoou

Era alquimista
Era dizimista
Era vigarista

Já foi dono
Já foi colono
Mas se rendeu ao abandono
E perdeu o sono

Já foi gigante
Hoje é pequeno
Mais uma vítima errante
Antes do perdão, o veneno

(Antena universalis)