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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CAOS urbano



Dedico este escrito ao meu amigo hodierno David "Gilmour"

Você sempre me fala do CAOS urbano... eu bem sei o que é isso. Nas metrópoles as vidas são cozidas a lenha verde. Thoreau já dizia que as cidades corrompem as pessoas. Eu creio que isso procede. Toda a perversão, falcatrua, falésia, traquinagem, mentira, injúria, vícios, blasfêmia e imundice eu conheci nas cidades, nas metrópoles. As pessoas acotovelam-se como ovelhas nos cubículos, de tanto medo dos lobos tornam-se lobos também. É o que Reich diz sobre os pardieiros, hotéis para pombos, vidas de plástico em casas de plástico, rostos que não emocionam nem se emocionam. Eu creio que o ser humano é a extensão da natureza, parte integrante da mesma, mas nas cidades ele se torna mais uma peça, mais um membro, mas um cidadão sem rosto na grande multidão solitária. Creio também que nas cidades, em qualquer forma de urbanização, não há minima possibilidade de ser livre, o espaço físico justifica isso. Eu agradeço a Deus por morar em em meio a natureza, junto a terra. Ali sou de certa forma livre e este ambiente me purifica. Não suportaria viver como um animalzinho na jaula. Quero a liberdade de andar descalço pelas matas e estradas, longe de todo o concreto e cimento, quero produzir meus próprios alimentos e cada vez ficar menos dependente da industria e da tecnologia que robotiza vidas e frauda até a própria linguagem, essa porcaria da linguagem da informática está distorcendo o vocabulário. Quero ter apenas sossêgo e PAZ pra escrever meus poemas, minha música e criar meus animais, lavrar a terra, e fazer coisas alternativas, depender apenas do essêncial citadino (o essencial de Hegel); longe de todo caos, de toda poluição, de todo corrimaço, longe de todo o consumismo e manipulação, selvageria e ignorância urbana. Almejo, talvez em breve construir meu chalé mata adentro, talvez eu construa-o com minhas própria mãos, enfim construir um abrigo para meu corpo e meus pensamentos e assim viver cada vez mais alheio da dita sociedade civil. E falando sem sociedade civil, como é a dialética dos ambientes acadêmicos??? Ninguém lê mesmo, ninguém QUER NADA COM NADA! Um bando de disinteressados que ficam apenas tirando onda, anos e mais anos, só tirando chimfra perâmbulando pelos ambientes de "grande erudição", por que isso é "descolado", é "bacana", convenhamos, qualquer otário pode passar num vestibular, agora quem consegue evoluir dentro de um ambiente desses são poucos, raros, alguns saem pior do que entraram. As universidades são depósitos, que armazenam uma corja de vadios e desinteressados, isso é lamentável e revoltante. Um espaço onde o conhecimento deveria ser o combustivel da mudança e da transformação da sociedade, serve de espaço para o conformismo de individuos sem cheiro e nem sabor, contrastando com maconheiros discutindo, apenas discutindo "IDÉIAS SUPERLEGAIS E REVOLUCIONÁRIAS" Assim não há futuro. Por isso não vejo a hora de cair fora desse ântro ignóbil, já estou farto...já perdi cinco anos de minha vida testemunhando essas coisas, 5 ANOS EM VÃO!!! Tudo o que aprendi e conheci foi por puro interesse e vontade própria. 5 anos, A VIDA DE UMA CRIANÇA!!! Daria no mesmo se eu ficasse no meio do mato com alguns livros, seria até mais vantagem, pois assim não estaria exposto a tanta bobagem e tosquidão, e ainda teria poupado a minha saúde, principalmente meus olhos. Mas posso dizer que estou saindo do ambiente acadêmico vitorioso, pois hora alguma me deixei influenciar, essa é grande sacada. Mas façamos a nossa parte. Sabe David "Gilmour", o mundo está muito burro. As pessoas de uns tempos pra cá vem sofrendo de um emburecimento generalizado, e uma grande inércia, (eu digo que é indolência mesmo, pura vadiagem), assola e envolve as pessoas...Não sei o que acontece...Talvez seja a falta de Deus ou o excesso de igrejas.

2 comentários:

David Gilmour disse...

Meu Deus esse texto foi escrito de verdade para mim? Estou sem palavras oh grande HC. Tu és o Grande HC de palavras proficuas e profundas. David "Gilmour"

HENRY CLAUDE STELMARSCZUK disse...

Sim Gilmour... foi para você este pequeno lapso de idéias, que vazaram de uma cabeça cheia de pensamentos desconexos "profundos e profícuos", que no final se encaixam perfeitamente como num jogo de improvisar...
Sim Davi!!!
Para você minhas palavras que são o bálsamo que te ofereço, muitos querem desse mesmo remédio, mas à você que o oferto, o maior homem hodierno que eu conheci nesta pós-modernidade...