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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A figura de Victório Arráia Parte 2




Acredito que, em todo percurso, Vitório Arráia tenha usado técnicas das mais variadas procedências: hipnose, persuasão, jogo de linguagem, carisma,  simpatia.  Estava predisposto, inclusive, a fazer uso do famigerado "boa-noite Cinderela", se preciso fosse. Logo após o acontecido do estupro trouxe-nos chocolates e preservativos, e como já era um ritual habitual, acendeu o cigarro no canto da boca enquanto falava. Era incrivel o controle que ele tinha sobre todas as situações, o eterno equilibrista sobre a torre de Paris, não tremelicava, não blefava mesmo que estivesse blefando, sínico e a frio mantinha as mãos sempre ternas de uma paz celestial e de um brilho translúcido, era o cordeiro em pele de lobo, era um demônio suavizado. Impossivel não amar Vitório.


Vitório seguia a risca uma máxima tradicional nitzchzeana, que o verdadeirto homem quer duas coisas, jogo e perigo, por isso escolhe a mulher, o mais perigoso dos jogos. Com seus suéteres de fio canadense e mocasins baratos, e sua permanente tríade, noite, bebida e mulher. 

Por Henry Claude Stelmarsczuk
Do Livro dos Métódos

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