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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Recado do poeta Humberto Gessinger

Já não vejo diferença entre os dedos e os anéis
Já não vejo diferença entre a crença e os fiéis
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo deveria ser
Há tão pouca diferença e há tanta coisa a fazer
Esquerda & direita, direitos & deveres,
Os 3 patetas, os 3 poderes
Ascensão & queda, são dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa
Em como tudo poderia ser
Há tão pouca diferença e há tanta coisa a fazer

Nu artístico II









O corpo talhado deslocado do tempo e do espaço,
Caindo em desnível, numa perfeita simetria.
O corpo talhado para o amor.
O corpo talhado para a arte.
O corpo como altar para perfeitos sacrifícios.
O corpo, tábua de suplícios.
O corpo, veredas de feitiços.

Nu Artístico - o estado da arte em sua máxima expressão







Ao contrário do que o senso-comum pensa, o nu artístico não tem nada a ver com pornografia. É o estado da arte em sua máxima expressão. É a arte do corpo, a beleza, o mistério, o expressionismo e o surrealismo do corpo, retratado por uma fotografia e/ou pintura. É uma exaltação da beleza humana, e principalmente da beleza feminina, a feminilidade é levada ao extremo, na maioria das vezes, violentamente.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rock numa cidade tao pequena e tao ingenua

O que acontece no cenário local iratiense é que não temos um espaço destinado as artes em geral. O anfiteatro Denise Stoklos está com as obras embargadas e nem sabemos porquê. Nossa cidade tem inúmeras expressões artísticas “engavetadas” e que não tem oportunidade e nem lugar de se apresentar, as oportunidades são raras e quando muitas vezes procuramos participar, já estão encerradas as inscrições e nem sabemos, por falta de divulgação.
No caso de bandas rock, que é um gênero não tão comum na cidade que possui tantas influências do tradicionalismo gaúcho e sertanejo, existe um público que aos poucos vem se mostrando favorável a sua divulgação e também criação, já que o rock é um tipo de música que se renova com cada geração, e que foi muito usado na própria história como veículo de protesto, contestação e revolução. Basta olhar a história e ver como tudo aconteceu com figuras que viraram lendas, como Bill Halley e seus Cometas, Elvis Presley, Jerry Lee Lews, Richt Valens e outros. Aqui no Brasil tivemos muitos revolucionários que numa época de autoritarismo e imprensa censurada foram os porta- vozes da juventude e de suas necessidades e direitos, entre eles Raul Seixas, Legião Urbana, RPM, Engenheiros do Havaí, Plebe Rude e muitos outros. Historicamente falando, o rock sempre foi música de protesto e revolta, um hino da insatisfação social e pessoal, música de transformação de mentalidades e atos e também de muito preconceito. Mas o preconceito existe em todas as esferas, e ainda mais no que concerne as artes. O senso comum, já de ante-mão, julga, sentencia e condena, e com isso reprime toda e qualquer manifestação de criatividade e liberdade.
Mas estamos no século XXI e a pluralidade cultural vem sendo enfatizada nos discursos de líderes políticos. O preconceito já virou crime, mas ainda é exercido e cultivado no seio de nossa sociedade, seja a classe qual ela for. O preconceito se manifesta de maneiras evidentes. Não digo que em Irati não existem lugares para se apresentar devido ao preconceito com o estilo, mas que ele influência, isto é fato.
Em Irati existem ótimas banda de rock cover's. Tocam tão bem quanto os originais, mas se esquecem que estão apenas repetindo algo que já existe, apenas reproduzindo. Mas existem outras que vem se distinguindo, pois mantém o propósito de revolução, mudança e contestação, que sempre foi a missão do rock. Em suas letras, acordes e riffs, abordam coisas de nossa realidade e de nossa cidade, e deixam para os ouvintes sua mensagem, seu pensamento e sua filosofia, usam o rock para fazer política, justiça e lutar por um mundo melhor. Assim como é o lema do Rock in Rio que este ano terá sua terceira edição na cidade do Rio de Janeiro, em setembro: Rock in Rio, por um mundo melhor.
Entre estas posso citar duas que conheço e uma que faço parte: Escultores de Alento, Sem Sistema e Trapus de Luxo da qual faço parte e sou fundador. As três bandas tem tendências e estilos diferentes dentro do mesmo gênero. Pelo que conheço e ouço posso tentar descrever Escultores de Alento que possuem um rock melódico e incisivo, abordando questões de humanidade em suas letras, valores indispensáveis e essenciais, que faltam na maior parte da sociedade. Levam uma mensagem de luta e esperança, dando consolo aos que padecem, fazendo com que todos acreditem em um novo amanhã, que este amanhã não é utopia, mas que está em nossas mãos. Já a banda Sem Sistema, o nome já define, sem sistema. Lembrando a velha temática punk, de que o maior causador de doenças e destruidor de sonhos é o Sistema. Aquele que nos escraviza e nos tira todo prazer e alegria da vida, o grande odiado. Um som vigoroso sem muitas firulas, dizendo o que todos querem e dizer e ouvir, mas que não possuem coragem para tal. Já quanto aos Trapus de Luxo, eu como fundador, e compositor, posso dizer que é uma viagem pela selvageria que somente o rock e seus subgêneros são capazes de despertar, quando ouvidos em alto e bom som. É assim que posso definir o demo da banda Trapus de Luxo (in concert) do interior de Irati, Paraná. Formada há 3 anos, por Henry Claude Stelmarsczuk (guitarra, vocal e composição), Rodrigo Stelmarsczuk (bateria) e Márcio Duda (baixo), lançam neste mês o cd demo ” Na hora do coito”, que alia atitude e bom humor, em suas letras. Vide o nome que leva o álbum. A partir do nome da banda, título do disco, capa e contra-capa, podemos ter uma leve impressão do conteúdo.
Aparentemente para o ouvinte comum, apenas mais um disco de rock seguindo a lendária tríade de sexo, drogas e rock’n’roll. Mas os Trapus vão mais além. Variam do bom hard rock (No bar), para explodir sem advertir e inesperadamente na próxima faixa num violento punk rock alá Titãs anos 80 (Acenda a luz, apague a luz). Sem contar os temas históricos da humanidade que sempre surgem como polêmica, como a Inquisição, a guerra, a Igreja e o satanismo, abordados na faixa “Conventos, Mosteiros e Sacristias”.
Destaque para a primeira faixa, um hard rock que é um pesadelo, recomendado para se ouvir em almoços e jantares onde toda a família está presente. Com acordes incisivos, tribais, secos e repetitivos, crispações incômodas que explodem em um refrão em forma de orgasmo, lembrando o ato do coito. Termo usado no período do Brasil Colônia para denominar com mais pudor o ato sexual, (diga-se de passagem, que todos os integrantes da banda são formados em história). Ela é uma homenagem informal a todas as cortesãs do Brasil, tão importantes na disseminação de bordéis, e muitas vezes fundamentais na vida de alguns homens na história”.
Assim ouvindo o álbum, podemos ter um vaga noção de onde derivam suas músicas, a princípio elas provém da experiência, extrínseca e intrínseca, nua e crua, estas seriam as responsáveis pelo ato criador, somando-se ao conhecimento histórico de práxis e o principal, a vontade de fazer um rock sem frescura.
Enfim, tenho muito mais a dizer, mas o espaço é limitado. Mas saliento, Escultores de Alento, Sem Sistema e Trapus de Luxo arrebatam como poucos da atualidade e das redondezas. Eles fogem do lugar comum, são sátiros, irônicos, criativos, selvagens e incisivos. Ou você sente ódio ou amor, jamais indiferença ao ouvir. Citando Guns’n’Roses, “destruir para construir”, quebrar as antigas e as novas tábuas que estão escritas pela metade, como diz o irreverente e irrequieto Raul Seixas, “eu uso o rock para dizer o que eu penso”. E eu penso como a maioria dos jovens de Irati e da região que encontro nas ruas, colégios e eventos, precisamos de mais espaço para a nossa cultura, para nossa arte para o nosso rock'n'roll, precisamos de mais espaço para a nossa liberdade.

Por Henry Claude Stelmarsczuk

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Corpus Dóceis




E "ele" continua afirmando que devemos estar/almejar/desejar/ser “orgulhosos de sermos cidadãos exercendo os Direitos e cumpridores dos Deveres”, pois bem se continuarmos apenas exercendo Direito e Deveres estamos sendo dóceis, Córpus Dóceis, e contribuindo para a idiocracia, miséria e corrupção do mundo... os Direitos e Deveres, tão falados e inclusive mencionados pelo professor Diomedes, nada mais são que formas de controle, usadas deliberadamente pelo Estado para exercer o instinto de rebanho na população. Direitos e deveres são formas de controle mascaradas.
Sobre as formas de controle, Foucault insere o conceito de horário como forma de controle, e que deve ser útil, ou seja, o corpo tem que seguir um padrão de horário a fim de se estabelecer prazos e limites para as produções do mesmo. “Tática, ordenamento espacial dos homens, taxinomia, espaço disciplinar dos seres naturais; quadro econômico, movimento regulado das riquezas.” (Foucault: 1995, p. 136). As mais diversas táticas de controle são aplicadas, o que faz com que um corpo destituído das marcas da cultura, um corpo exterior à história, é impensável.” Devido a um rigoroso processo de controle, os indivíduos são fabricados e tomados como objetos e agentes concomitantes. As mais variadas formas de controle passa-se a atuar em: classificar, observar, registrar e controlar tudo e todos num processo indefinido, levando até mesmo o “autor da arqueologia sobre o poder” (Foucault) a questionar: "Esta dificuldade - nosso embaraço em encontrar as formas de luta adequadas - não virá de que ainda ignoramos o que é poder ? Afinal de contas foi preciso esperar o século XIX para saber o que era exploração; mas talvez ainda não se saiba o que é poder. [...] Existe atualmente um grande desconhecido: quem exerce o poder ?" (FOUCAULT: 1992, p. 75). Para Foucault, as formas de controle, tem como conseqüência o poder irradiando-se como uma rede que permeia todo o corpo social, produzindo diferentes pontos ou como diz Foucault, “campos de forças” que perpassa todo o corpo/cotidiano social não sendo por isso, localizado num ponto central. O poder se constitui enquanto "relações de forças.” E, de forma que; é possível então perceber o sentido de suas análises sobre os mecanismos, as técnicas e tecnologias de poder em funcionamento por todo o corpo social. Então se continuarmos “orgulhosos de sermos cidadãos exercendo os Direitos e cumpridores dos Deveres”, estamos sendo como a ovelha que vai obediente para o matadouro, ignorando que ignoramos a ignorância implícita nesse maldito conceito de termos orgulho de sermos cidadãos cumpridores dos Direitos e Deveres... pura bazófia!!!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Casamento Polonês



Hoje me surpreendi com notícias familiares na web. Dados então até obscuros para mim, que me lembro apenas de minha vó paterna contar vagamente em minha infância. E tais dados procedem, pois a pesquisa foi feita pelo grande historiador da região, o nosso querido professor José Maria Horreda, meu grande amigo que tive o prazer de compartilhar matérias da história local na Revista do Centenário, Encontei estes dados no seguinte site: www.polonesesnobrasil.com.br:


Casamento em 19/ set/ 1925 Iraty -Gonçalves Junior Barra Mansa
Adão Stelmarchuck (Stelmarczuk)nascido 24/12/1903 filho de José Stelmarczuk e Rosália com Maria Parepinski nascida em 08/maio/1907 filha de João Paripinsky (falecido em 28-04-1923) e Josepha Parapinski.

Obito em 29/ maio / 1935 de Adão Stelmarczuk com 31 anos de idade (da Polônia) filho de José Stelmarczuk e Rosália poloneses casados e residentes em Ponte Alta.
Deixando viúva Maria e filhos: Leonardo, Ana, Leonor, Henrique, Antonia.

Os dados acima são do casamento de meu bisavõ Adão Stelmarsczuk e também de sua morte aos 31 anos de idade, e também faz menção a viúva Maria e seus filhos: Leonardo, Ana, Leonor, Henrique, Antonia, destes Leonardo e Leonor já falecidos, sendo Henrique meu avô.
Nesta página são colocados os dados de pesquisas realizados por Silvia Regina Parapinski Massera e colaboradores sobre os antepassados e outras pessoas relacionadas que viveram na Colônia Iraty (Barra Mansa), mais tarde denominada Conçalves Junior: (Município de Irati - Paraná. Famílias que poavaram a Colônia Gonçalves Junior-Pr.Estes registros são verídicos e foram extraidos do Cartório de Gonçalves Junior.
Em homenagem ao meu avô Henrique e minha vó Silvia posto a foto do casamento deles, no mais tradicional estilo polonês, realizado na comunidade de Cadeadinho-Irai-PR.

O Grande Irmão Zela por ti!!!



O grande responsável por nossa irresponsabilidade social é o Estado. O Estado se encarrega de “zelar” por seus cidadãos. “ O Grande Irmão zela por ti”, é a frase máxima do livro de George Orwell em 1984, famoso romance político que trata de um regime totalitarista que tudo providencia e tudo pune. E ainda realiza uma fraude mental nas pessoas, fazendo todos acreditar no lema: Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força. Então com esta mentalidade de que existem políticas públicas elaboradas com o propósito de “zelar” por nossos “irmãos” deixamos de fazer o mínimo que podemos, pois o Estado vai providenciar ajuda ao nosso concidadão, vemos crianças, velhos, jovens e adultos nas ruas em pleno abandono e miséria, vemos falcatruas, fraudes e corrupção em nossa cidade e local de trabalho, mas nada fazemos, ignoramos o óbvio, pois o Grande Irmão vai providenciar amparo, ajuda, comida, justiça. Com esta mentalidade de que não é nossa responsabilidade e sim do Estado, nos acomodamos no conforto de nossas casas e para aliviar a consciência, muitos depositam o dízimo na Igreja, e nem sabe-se para onde vai está contribuição, talvez para o bel-prazer do sacerdote que desfila com camionete Hilux a noite toda de sábado pelas ruas municipais da pacata e subdesenvolvida cidadezinha. Enquanto ignorarmos a nossa necessidade de agir estaremos fortalecendo ainda mais a violência moral para com nosso semelhante, e compactuando com a desigualdade e injustiça que permeia todas as esferas dos filhos deste solo.

III TEXAS KING



Vem ai o evento mais underground da região do centro-sul do Paraná. O evento que VAI botar pra fuder com as estruturas falidas do moralismo laico-cristão: III TEXAS KING ROCK FESTIVAL!!!Dia 11 de junho na cidade de Teixeira Soares-Paraná.
Em sua terceira edição vamos coroar o Rei King ao som do bom e velho Rock'n'Roll!!!
Aguardem, as melhores performances do rock em uma noite de muita selvageria e cerveja...
Banda Trapus de Luxo confirmada em sua versão exclusiva King Size, especialmente produzida para o III Texas King, e outras bandas locais detonando ao vivo e incendenando a noite no melhor estilo Texas...