O Inexplicável
Imerso em pensamentos
E dentro deles perdido,
Procuro agora a luz dos olhos de cigana.
Os olhos onde o casto amor ardia,
Ledo de se ver neles abrasado,
O amor.Mas estou cego, em partes.
Diviso apenas os pensamentos
Afuguentando-me como coisas.
E percebo que pensamentos são coisas.
Tateio com as mãos no escuro
As paredes de um interminável labirinto
Que levam-me ao Inexplicável,
Mas não me levam a ti.
Caminho cambaleante, doente e com frio
Com a morte surda a meu lado.
Caminho decidido, com projeção e passos firmes
Com o primo da morte a meu lado.
Caminho na senda que leva-me ao Inexplicável
E o Inexplicável quer levar-me até ti.
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